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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Salomão está morto

                  O homem mais sábio que o mundo já viu, embora citado no Corão, e muito citado nos livros de Cronicas, 1 e 2, também no livro dos Reis, e tido como autor de outras obras, como eclesiastes e cântico dos cânticos, Salomão pode não ter existido. Considerado filho de Davi, de linhagem direta na vinda daquele que será o Messias do povo de Israel, e considerado como antepassado do Mestre do Cristianismo, Salomão pode ser apenas mais um personagem criado no século VII antes da nossa era pelos escribas de Josias, com intuito de provar a necessidade de anexação da Samaria, bem como reforçar a memória de um grande herói do povo Hebreu.

                  As descobertas mais recentes da arqueologia, buscavam respostas para a unidade de Israel, financiada pela sociedade Israelita que visa manter as tradições e a história de um povo sobrevivente há milênios. Porém, ao contrário do que se esperava, nem Davi, nem Salomão, eram aquilo que falavam deles.

                 Então quem construiu o templo?
                As escavações mais recentes mostram uma Jerusalém rural e minúscula no tempo do governo do Rei Davi. Os escribas, ou contadores dessas histórias, retrataram Israel pujante tal qual o Império da Época, a Assíria. As construções, os feitos guerreiros e mais fatos do povo Assírio, para retratar no século VII antes da nossa era, os feitos heroícos de seus antepassados.
                
                Os relatos dos escribas do Rei Josias, também colocaram cidades no caminho de Abraão desde Ur até Canaã, muros em Jericó e mais outras histórias,  o certo é que não deu muito certo, uma das ideias centrais do compilamento, era demonstrar o grau parietal entre Judeus e Samaritanos, na tentativa de Josias unificar os dois povos. Não deu certo, como se pode ver ainda hoje na terra Santa.

sábado, 15 de maio de 2010

Jesus de Nazaré & Jesus Cristo (Parte 2)


 - Senhor, Por que me abandonaste?
Com essa frase, Jesus de Nazaré agoniza na cruz. Sendo o único homem que foi penalizado com a morte em Jerusalém, e que teve seu corpo sepultado. Mas noticia nenhuma se tinha do Jesus Pregador, mais tarde nomeclaturado em grego de “Χριστüς”, no Latim “Cristus”, que significa Messias ou Salvador. O que na Bíblia passou a ser uma suplica ao Deus, seu pai, é na verdade uma lamento ao seu possível mestre.
Uma pista importante da semelhança dos dois é dada pelo beijo. Judas beija o Nazareno, e os soldados levam este, pensando ser o pregador. Outra pista, é dada por Pedro, ao afirmar desconhecer o homem levado à julgamento diante de Caifás. Maria de Magdala apresenta uma prova inquestionável. Diante dos apóstolos lamentosos, não se sabe como, a maioria não sabia que havia um sósia do mestre, declara:
- Ele está vivo.
Então são postos diante dele, e depois não mais se veem, Jesus, de sobrenome ignorado, passa a viver com Maria de Magdala e teria gerado três descendentes. O sexo dos filhos não é conhecido. Pedro volta a sua atividade anterior, pescador, e os outros também tomam o mesmo caminho. Mais de 30 anos depois, com pequenos focos de Crentes, ainda não eram denominados Cristãos, Matheus resolve escrever a História, e depois outras serão contadas, algumas datas e personagens são distorcidas por falta de embasamento. Então aparece um homem, mais tarde seria identificado como Saulo, um caçador de seguidores de Jesus, troca de nome e torna-se o responsável pela difusão da nova seita.
Com tantas histórias sobre esses dois homens, tão conhecidos, e tão enigmáticos que dividiram o mundo em antes e depois dele, ou deles, as lendas e mitos cresciam, formando um conglomerado religioso que colocava em risco o Império Romano e o Mitraísmo. Para resolver o problema, o Imperador Constantino convoca em 325 D.C. o concilio de Nicéia, onde alguns livros foram selecionados, outros para serem suprimidos, e assim é fundada a Religião oficial do Império Romano, o Cristianismo. Constantino torna-se, além de Imperador Romano, o Primeiro Papa.
Para corroborar a ideia de linhagem administrativa Pedro é dado como o primeiro Papa, e uma serie de outros, sendo Constantino, nesse caso o 14º no Papado. E Pedro teria sido condenado a Cruz, em Roma, onde nunca esteve, nem havia Crucificações.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Jesus de Nazaré & Jesus Cristo



A Fé remove o bom senso. Não que não se deve ter fé. Na maioria das vezes ela se faz necessária. Mas acreditar num mito que dividiu a humanidade em antes e depois dele. Para muitos um homem santo, para outros um Semi-Deus, e ainda outro grupo que prefere achar que não passou de um homem comum à frente de seu tempo ou simples profeta.
E quem era esse personagem tão importante, quanto enigmático, da nossa história? Ou seriam os personagens?
Relembrando a bíblia, temos Jesus, de Nazaré, nascido em Belém numa manjedoura no período de senso populacional e mais algumas coisas, que levou os cientistas a calcular o nascimento dele entre 3 e 5 de maio, de 4 ou 7 A.C. Nunca teremos consenso nessas datas históricas, ainda mais quando entramos em méritos milenares de fé, cega e cruel, que amordaçou o mundo numa época de raras informações e censura inversamente proporcional. Na história sempre vai haver 3 lados, ou 4, dependendo de quem se envolve no fato. Vai ter a versão do vencido, do vencedor e a verdade absoluta, e também, pode ter a quarta versão, que será do mediador do fato.
Neste caso especifico, temos dois homens e uma história em comum. Jesus Cristo era versado e desconhecido. Viajado e conhecedor da história do povo Hebreu e seus dogmas, esteve na Índia, na Grécia e outros países, tomou conhecimento da religião Hindu e Budista, bem como a racionalidade do mundo Helênico. Enquanto isso, um pobre homem da Galiléia, possivelmente um camponês de Nazaré chamado Jesus, continuava pobre e ignorante.
Em algum momento esses homens cruzaram na vida e descobriram ser homônimos e idênticos. Adepto do amor livre, Jesus Cristo era bissexual, e relacionava-se com homens, Pedro deixa isso claro em um trecho de seu diário, ao relatar seu ciúme ao ver o mestre beijando Maria de Magdala. Neste tempo, peregrinando pelos povoados do reino de Israel sob domínio dos romanos, buscava levar a esperança às pessoas, e também, informar e instruir o povo, na imensa maioria analfabeta, sobre os mandos e desmando dos poderosos, bem como, a injustiça dos sacerdotes de YHWH.

 
Semana que vem a segunda parte dessa história.